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Abertura
03:37
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2. |
Uma Montanha sobre o Mar
07:42
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Dos troncos nascem flores a caiar a serra
Secos e fartos da vida que se apega ao mar
Tão perdidos, brutos barcões a navegar
À espera que algum dia possam vir a voltar
Polifonia, matéria prima de pares
Tanta a mania de acabar com o que não dá
(Hás de encontrar) Uma montanha sobre o mar
Das bouças trazem bocas largas para enterrar
Na enfesta do sal, corpo vendido ao mar tão batido, tão estragado e insistentes, persistentes vêm lá do fundo da terra, do frio que até berra, do medo que não sabe onde está
Polifonia, matéria prima de pares
Tanta a mania de acabar com o que não dá
(Hás de encontrar) Uma montanha sobre o mar
Mas tens medo de te afogar ou de sede morrer?
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3. |
Cavalo
03:43
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Cavalos lado alado
Mano a mano
Suspense excessivamente prolongado
Nado morto no ocre irrespirável da madrugada
Apago o teu rosto
Porque o que eu tou é maldisposto
Fisionomicamente falando
Costas pra trás, peito prá frente
Como manda a postura dum rapaz bom e decente
Queres um buraco? Eu ajudo-te a cavá-lo!
Queres um buraco? Oh amigo é pra já!
Pega na pá, foice, martelo e vamos ao trabalho
Embate a embate
Isto é mais que um teste de força
E ele bateu-me e eu deixei
É melhor apareceres cá pelos reis
Por essa altura já devo tar todo desfeito
Toda a tragédia é bonita exceto quando não nos calha pela proa
É no extremo que brota a flor
As ruas serão nossas já dizia o catalão
E eu toda a santa tarde a tecer uma estúpida canção
Porque eu não queria ser cantor
Nem sequer ser poeta
Só queria provar a minha força ao Arnold Schwarzenegger
(Nega, nega, nega)
Esfriei a rua
Das grandes dores
Fritei-lhe a lua
Raspei-lhe as flores
Fui-me à de lata
Sangrenta escura
Patrícia pata
Da dita dura
Esfriei-lhe o jeito
De assassinar
Comi-lhe o peito
Mais pulmonar
Esfriei as frentes
Esfriei as trazes
Fiquei sem dentes
Merda, rapazes!
Gritar não grito
Esperar demora
Vira o infinito
Ora, ora, ora.
Altas, morenas
Com janelões
Boas, pequenas
Estas prisões!
Dão lá por dentro
Gozos astrais
Anda-se menos
Pensa-se mais
Anda-se menos, pensa-se mais
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4. |
S.T.N.V.E.E.P.O.B
02:27
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(Mas os meninos não sigam as coisas que diz este poema senão dão um grande desgosto aos seus pais e não é para isso que eu aqui estou)
O céu é azul por Deus é Homem
A cabra é anã porque todos a fodem.
Não é máquina é ferro
Paga-se a mão pela pele
Escorre-me o suor pela cara
Sinto o orgulho da pátria
Sou o patriarcado da casa
Filho da mãe e da faca
Sinto-a subir-me ás veias
É a minha imagem de marca
Depois de lanchar
Fui para onde queria
Comprar vitaminas
Ao gajo da esquina
Comprei-lhe uma dúzia
E outra só para acabar
Acabei-lhe com a vida
Só para ele ver com quem tava a brincar
Bem feita!
C4z8c, C4z8c, C4z8c, C4z8c
Não é néscio o patrão defunto que a faz correr e a saber o que não mais te tenho farto de saber qual é o meu desempenho e o empenho que tenho em saber ficar é um facto vamos mas é lanchar e a luz na porta cai como paredes ribas na torta aorta e agora a vida depois da luz o episódio que se segue é digno de looney tunes o gato e o rato a correr ao entardecer filhos da paz e o lobato a querer-se esconder eternos rivais por entre as brumas da memória tenho 4 anos e vou para a escola.
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